domingo, 22 de agosto de 2021

 

Louca Obsessão


Conheci Nancy em uma cafeteria no centro da cidade, estava em um intervalo de audiência e resolvi tomar um café, pois era inverno e estava muito frio.

A cafeteria estava lotada e somente restava um lugar onde estava sentada Nancy, perguntei se podia me sentar e ela respondeu que sim, em seguida começamos a conversar e Nancy me pareceu uma mulher muito agradável e inteligente. Conectamos-nos rapidamente e trocamos nossos números de telefone.

Nos dias seguintes nos encontramos várias vezes, até nos tornarmos mais do que amigos, ela era uma pessoa alegre e de sorriso fácil, mas nosso relacionamento durou apenas duas semanas devido a minha agenda e por Nancy ser muito ciumenta, foi depois disso que os problemas começaram a aparecer.

Fazia uma semana que não tinha contato com Nancy até receber um bilhete da recepcionista do escritório onde trabalho.

- Senhor Hank uma moça deixou um bilhete para o senhor essa manhã, está aqui em algum lugar só um minuto... achei, aqui está.

- E como era essa moça, ela disse algo mais?

- Não senhor, só entregou o bilhete e disse seu nome, uma moça muito bonita e bem arrumada, o tipo de mulher para apresentar aos pais, se é que o senhor me entende.

- Sim claro entendo, obrigado.

Fiquei surpreso quando li o bilhete e vi quem o tinha enviado, era Nancy e o bilhete dizia para encontrá-la “na mesma cafeteria onde nos conhecemos, hoje às 6 horas”, dizia.

Fiquei na dúvida se iria, mas depois achei que não era nada demais e resolvi aparecer.

Cheguei à cafeteria uns minutos atrasado, mas Nancy já estava lá e quando me viu abriu um sorriso e me abraçou.

- Que bom te ver de novo. Como você está?

- Estou bem Nancy e você?

- Estou ótima, lembra o emprego na agência que te falei, eu consegui e agora sou assistente de moda, ajudo na confecção das roupas.

- Que legal, fico feliz por você!

- E você Hank o que tem feito além de trabalhar, alguma namorada nova?

- Não, estou sozinho mesmo, continuo me dedicando só ao trabalho e minha única companhia é meu gato Max.

- Hank você já tem 30 anos está na hora de formar uma família, ter filhos, comprar uma casa, você vai ficar sozinho o resto de sua vida?

- Não penso em casar no momento e não quero filhos, gosto de minha liberdade e minha carreira vem em primeiro lugar.

- Você me chamou aqui só para me perguntar sobre minha vida ou tem algo mais?

- Calma é melhor se encontrar com um amigo do que dançar com um estranho, você não acha?

- Que tipo de metáfora é essa? Não estou entendendo aonde quer chegar.

- Queria tentar de novo com você, o que nós vivemos foi incrível você não acha?

- Foi bom no inicio e depois começou a ficar meio tóxico, não nos acertamos mais e foi só, acho que seria um erro tentarmos de novo.

- Não seria não, eu amo você e quero tentar nem que tenha matar todos no meu caminho.

- Viu só? Olha o que você acabou de dizer.

- Mas é verdade! Quero ficar com você não importa o quanto seja difícil.

- Desculpe Nancy, mas preciso ir, foi bom te ver, mas não me procure mais ok? Ah e não tente me ligar, eu troquei meu número, adeus.

- Eu não vou desistir de você, nem que tenha que lutar contra todos. Disse Nancy olhando fixamente para ele enquanto saia pela porta.

Hank voltou ao escritório e pediu a recepcionista para não aceitar nenhum recado da moça do bilhete, e que se ela aparecesse por ali era para dizer que ele não estava.

Já passavam das 4 horas quando tocou o telefone em sua sala.

- Senhor Hank, poderia descer um minuto na garagem, por favor.

- O que aconteceu? Não pode ser depois, porque estou revisando um processo.

- Não senhor, é preciso que o senhor venha agora.

- Está bem, já vou descer, me dê cinco minutos.

Hank chegou à garagem e viu dois homens parados perto de seu carro conversando e fazendo gestos para todos os lados.

- Senhor Hank, sinto muito, mas alguém estragou seu carro.

- Meu Deus quem fez isso, como ninguém viu nada?

O carro estava com arranhões em formato da letra “N.” Logo Hank percebeu quem fizera isso.

- Vocês por acaso viram uma mulher loira de um metro e sessenta mais ou menos perto de meu carro?

- Não senhor, mas tinha uma mulher aqui antes e ela ficou dentro do carro uns dez minutos antes de ir embora, ela usava óculos escuro e um chapéu, não vi se ela se aproximou de seu carro.

- Nancy só pode ser ela.

Hank ligou para sua seguradora e pediu para ver as câmeras de segurança do estacionamento.

Hank foi informado pela seguradora que uma mulher ficou perto do carro por alguns minutos e saiu em seguida, estava de chapéu preto e óculos escuros.

Hank soube na hora que era Nancy. Então resolveu procurá-la em seu novo emprego.

- Bom dia, gostaria de falar com senhorita Nancy.

- A senhorita Nancy não trabalha mais aqui e já faz umas duas semanas.

- E você tem algum telefone de contato ou endereço dela, o antigo eu ligo, mas ninguém atende.

- Não senhor, não posso passar informações de nossos empregados, sinto muito.

- Está bem, muito obrigado pela sua atenção.

Resolveu ligar para um amigo que trabalhou na polícia, e que tinha uma agência de investigação particular.

- Frank é o Hank como vai você?

- Oi Hank, quanto tempo meu amigo o que tem feito da vida?

- Sou advogado em uma firma no centro e você pelo que vejo se deu muito bem, agora é dono de seu próprio negócio.

- Economizei durante os anos e aproveitei minha experiência na policia para abrir essa agência, mas me diga em posso lhe ajudar?

- Estou com um pequeno problema com uma ex-namorada, eu terminei já faz um tempo, mas ela fica me assediando, na verdade até arranhou meu carro e não sei do que mais é capaz.

- Hum, na verdade não posso fazer muito coisa agora, mas ligue quando tiver certeza de tudo e mais informações.

- Está bem, com certeza vou te ligar e obrigado por enquanto.

Hank saiu do escritório às 6 horas e resolveu passar na cafeteria, pensava que talvez pudesse encontrar Nancy por ali, mas não a viu. Passou no mercado no caminho para comprar ração para seu gato e foi direto para casa revisar mais alguns processos.

Chegando em casa notou que sua porta estava aberta, entrou com cuidado e observou que tudo estava no lugar, então chamou seu gato que não respondeu.

- Vem amigão trouxe sua ração predileta, onde se meteu esse gato?

Procurou em todo canto menos no banheiro, que era um lugar onde ele gostava de ficar deitado no tapete. Chegando lá encontrou o pobre gatinho dentro da banheira sem a cabeça e com o corpo enrolado em arame farpado, ficou desesperado e escorregou batendo a cabeça no vaso sanitário, desmaiando em seguida.

Estava meio tonto ainda quando viu a figura de uma mulher parada ao seu lado com uma bandeja nas mãos e a cabeça do gato em cima. Não sabia se estava alucinando devido ao tombo ou era realidade, aquela mulher parecia Nancy. Foi então que ouviu sua voz.

- Olá querido, trouxe algo para você.

Em seguida colocou a bandeja com a cabeça do gato em cima de seu peito e disse:

- Isso é só o começo, você vai sentir na pele o que é ser rejeitado e perder tudo que tem, vou tirar tudo de você inclusive sua alma.

Saiu em direção à porta, deu uma última olhada para Hank e sorriu abanando com uma das mãos.

Hank despertou com a cabeça do pobre gato em cima dele. Juntou o corpo e o colocou em um saco plástico, seu amigo pagou por algo que não devia.

Indignado resolveu ligar para a polícia, que não pode fazer nada, por não ter flagrante, não ser um crime muito grave e sem testemunhas.

Então ligou para seu amigo investigador passando todos os dados de Nancy e contratando seus serviços.

No dia seguinte o Detetive Frank já estava seguindo todos os passos de Nancy, tirava fotos e anotava toda a sua rotina passando em seguida tudo para Hank.

Hank começou a mudar um pouco sua rotina por causa de Nancy, não frequentava mais os mesmos lugares e começou a pegar o metrô em vez de ir andando para casa.

Certa noite estava aguardando o trem, quando viu uma mulher parada a alguns metros dele, parecia muito com Nancy começou a ficar preocupado, quando ela começou a ir a sua direção. Misturou-se às outras pessoas ali paradas a fim de se esconder, mas ela continuava vindo em sua direção, tinha as mesmas características da mulher do estacionamento.

Ela chegou bem perto e o empurrou em direção aos trilhos, mas ele conseguiu se segurar na borda e foi ajudado por um estranho a subir a tempo, o trem chegou em seguida e por pouco tinha sido atingido.

- Vocês viram aquela mulher de chapéu? Ela me empurrou.

Ninguém viu nada e acabaram achando que ele tinha tropeçado e quase caído no trilho. Desistiu de pegar o trem e foi direto para casa, estava muito nervoso então resolveu beber algo para relaxar.

O telefone tocou e uma voz conhecida estava no outro lado da linha, era Nancy.

- Boa noite Hank, levou um susto hoje? Fiquei sabendo que quase morreu nos trilhos do metrô.

- Sua psicopata, me deixe em paz o que você quer de mim?

- Já que você não pode ser meu, então não será de mais ninguém, vou acabar com sua vida. Silêncio no telefone e ela desligou.

Hank então ligou para seu amigo Detetive e pediu que ele tomasse providências, quanto às atitudes de Nancy, também reclamou de não ser informado do paradeiro dela na hora em que estava no metrô.

- Você mudou seu trajeto de casa Hank, e não pode fazer isso sem me avisar, como eu ia saber se estava perto de sua casa na mesma hora?

- Eu sei me desculpe, fui imprudente, mas não vai acontecer mais.

No dia seguinte pediu comida em vez de sair para almoçar fora, gostava de hambúrguer e fritas e não dispensava uma Coca-Cola.

Sua assistente entrou em sua sala trazendo seu almoço e informou que ele tinha uma cliente dentro de meia hora.

- Você sabe quem é essa cliente Margaret?

- Não Hank, ela marcou hora por telefone e pediu pelo senhor.

- Obrigado e quando ela chegar me avise.

Começou a comer o lanche que estava muito saboroso, mas na hora de beber sentiu um gosto estranho no refrigerante, parecia algo azedo e muito amargo no gosto.

Resolveu abrir o copo e constatou que dentro dele tinha algo boiando, então atirou o liquido na pia do banheiro e um pequeno camundongo caiu junto, ficou enjoado e começou a vomitar, em seguida chamou sua assistente.

- Margaret cancele essa cliente de agora não estou me sentindo bem, vou para casa.

- O senhor quer um remédio ou que chame alguém?

- Não apenas faça isso e cancele também a reunião das cinco horas, por favor.

Resolveu ligar novamente para seu amigo detetive.

- Frank preciso que você faça algo hoje, essa mulher quer me matar e está quase conseguindo.

- O que foi agora amigo?

- Tentou me envenenar colocando um rato em meu refrigerante, ainda bem que notei o gosto a tempo e vomitei o liquido que ingeri.

- Meu Deus, vou dar um jeito hoje mesmo, não se preocupe!

Frank sabia a rotina de Nancy, pois estava há dias a seguindo, sabia que ela sempre atravessava o mesmo beco para chegar até o serviço de Hank, então ele a esperou escondido entre as latas de lixo.

Quando Nancy chegou ao local, como de costume, Frank já estava lá, então saiu de trás das latas com uma pistola e rendeu Nancy.

- Te peguei sua vagabunda psicopata, agora você vai morrer.

Nancy era muito esperta e sempre mantinha um spray de pimenta em seu bolso, pegou o spray e acertou um dos olhos de Frank que começou a gritar e se debater.

- O que você jogou em mim sua piranha, spray de pimenta? Sua burra!

Nancy sem dizer nada tirou de sua bolsa uma faca de caça e enfiou em seu estômago sem piedade, em seguida golpeou mais cinco vezes fazendo com que Frank caísse morto em uma poça de sangue.

- Quem é a piranha agora seu imbecil.

Hank estava em casa tentando ligar para Frank, mas o telefone só chamava, então decidiu sair e ir até o escritório de investigação e falar direto com ele. Mas chegando lá Frank não estava e seu assistente disse que não conseguir falar com ele desde muito cedo.

Achou estranho e foi direto para uma loja de armas, estava com medo e queria se proteger, então comprou uma arma de pequeno porte que pudesse carregar no bolso de seu casaco.

Após sair da loja notou que alguém o estava seguindo, então resolveu entrar em um restaurante e pediu uma cerveja, enquanto ficava observando a toda hora pela janela se via alguém ou a própria Nancy. Ficou ali por meia hora até que resolveu ir para casa, nada aconteceu até o final da noite, pelo menos nessa noite dormiria tranquilo, mas estava preocupado com seu amigo Frank.

Quando chegou ao trabalho no dia seguinte, ele estava cheio de policiais e sua assistente lhe informou que alguns homens estavam revirando sua sala atrás de algo.

- O que está acontecendo aqui?

- O senhor se chama Hank?

- Sim, sou eu…

- O senhor está preso pelo assassinato de Frank Weiss.

- O que? Isso deve ser um engano, sou advogado e não assassino.

Vou ler seus direitos e levá-lo para a delegacia.

- Eu sei meus direitos…

- Vamos senhor, vire de costas.

- E precisa de algemas? Vocês estão me constrangendo perante meus colegas.

- Por favor, senhor coopere ou usaremos a força.

Algemado e humilhado foi levado direto para a delegacia para depoimento.

- Senhor Hank sou o detetive Johnson, o senhor sabe por que está aqui?

- Não sei, por que vocês acham que matei Frank é isso?

- Encontramos o senhor Frank em um beco perto do local onde o senhor trabalha e a faca que o matou estava na gaveta de sua mesa e com suas digitais.

- Isso é impossível eu nunca mataria Frank, eu o contratei para investigar minha ex-namorada, que está me assediando, ela matou meu gato e me jogou nos trilhos do metrô, a prendam, foi ela quem matou ele.

- Não temos nada contra essa suposta ex-namorada que você fala, só temos a arma do crime e suas digitais, está em uma bela encrenca senhor Hank, o melhor seria admitir sua culpa ou ir ao tribunal com um advogado.

Não vou admitir nada, porque não fui eu.

- Sinto muito senhor, vai ficar em uma cela até o dia do seu julgamento.

- Eu tenho direito a um telefonema e queria usar agora esse direito.

Como queira senhor, mas use-o bem e ligue para um advogado.

Hank ligou para seu escritório e pediu que um dos advogados o representasse no caso, foi pedido fiança, mas foi negado pelo juiz,

Hank estava em uma sela separado por ser réu primário e ser formado em Direito.

No dia seguinte um dos guardas foi buscá-lo na sela, pois tinha visita.

- Quem é que veio me ver meu advogado?

- Não senhor é uma moça, e muito bonita por sinal.

Chegando à sala Hank levou um susto ao ver que era Nancy.

- O que você quer aqui, já não fez o bastante para acabar comigo?

- Como está sua hospedagem Hank, estão te tratando bem ou precisa de algo que eu possa trazer para você?

- Sua louca você matou Frank e me incriminou, mas vou provar que sou inocente.

- Como Hank se você está aqui dentro e não tem álibi, além do mais eles tem suas digitais na arma do crime. Eu disse que iria acabar com você, acredite ainda tem mais por vir, se for condenado vai para o presídio e lá tenho um primo que vai cuidar direitinho de você.

- Não tenho mais nada para falar com você, guarda, me leve para cela.

Nancy ficou olhando para Hank sorrindo e então disse.

- Adeus Hank e tenha uma boa estadia no presídio, meu primo te espera ansioso.

No dia do julgamento lá estava Nancy assistindo tudo com um sorriso no rosto, Hank fora condenado há vinte anos com direito a condicional, estaria livre por bom comportamento em dez anos.

 Foi levado ao presidio central e iria dividir uma cela com um assassino em série. Estava apavorado de encontrar com o primo de Nancy, todas as vezes que saia para tomar sol ou comer no refeitório ficava apreensivo, mas nada aconteceu em dias, já estava achando que Nancy estava mentindo sobre o tal primo.

Uma tarde em que estava tomando banho sozinho, algo aconteceu. Dois homens se aproximaram de Hank e um deles perguntou.

- Você é aquele tal advogado que matou um policial?

- Eu não o matei, sou inocente.

- Aqui dentro todos somos inocentes até que se prove o contrário, não precisa mentir sabemos de tudo aqui dentro.

- Você é o tal do primo de Nancy?

- Nancy quem é essa? Não conheço nenhuma Nancy, olhe só advogado, vim aqui para lhe agradecer por matar aquele filho da puta que me colocou aqui dentro, estou em dívida com você e se precisar de algo aqui dentro ou lá fora é só pedir.

Hank ficou parado enquanto a água caia em seu corpo, olhou para o chão e começou a bolar um plano para se vingar de Nancy.

No dia seguinte se aproximou dos dois homens que haviam falado com ele no banheiro.

- Fala advogado, em que posso te ajudar?

- Você disse que estava em débito comigo certo?

- Sim, te devo um favor e pode pedir o que quiser.

- Você tem influência lá fora certo? Preciso que alguém mate uma mulher para mim, a mesma que me colocou aqui dentro.

- Sem problemas é só me dar o nome dela que está feito.

- O nome dela é Nancy, uma mulher loira, muito bonita, mas perigosa, você tem acesso a computadores aqui?

- Sim tenho, o que você precisa fazer?

- Tenho fotos dela em uma de minhas redes sociais e posso mandar para o seu contato lá fora.

- Combinado, vamos agora.

Hank enviou fotos de Nancy para o homem que faria o serviço, estava bem confiante com a ideia de vingança.

Era noite e Nancy estava tomando um chá em sua poltrona, antes de ir dormir e pensava o quanto era inteligente a ponto de mandar um advogado para cadeia.

De repente, ouviu um barulho vindo de sua área de serviço, a luz estava apagada e Nancy não conseguia ver nada até que alguém apareceu em sua frente e dando um soco em seu rosto que a jogou no chão, em seguida com um fio de corda enrolou em seu pescoço e a estrangulou. Nancy se debatia sem chances, enquanto a corda cortava seu pescoço e a sufocava, foi aí que o homem disse:

- O senhor Hank manda lembranças da cadeia, piranha.

Nancy deu seu último suspiro, após ouvir o que o homem dizia.

No dia seguinte foi dada a notícia a Hank pelo homem do chuveiro.

- Está feito irmão, ela está morta e nossa dívida paga.

- Obrigado, nunca vou esquecer-me disso e se eu sair daqui farei de tudo para ajudar você.

- Não precisa irmão, eu peguei perpétua com mais 100 anos, nunca vou sair daqui andando, mas somente em um caixão.

Hank apertou a mão do homem e saiu pelo pátio, nunca um dia de sol foi tão prazeroso como aquele. Tinha vingado seu amigo e mesmo preso estava feliz por saber que nunca mais a veria.

 

 

- Fim -

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