O padre Ethan nasceu na Polônia, ainda criança se mudou com os pais para um pequeno vilarejo na Romênia, aonde mais tarde iria se dedicar totalmente ao sacerdócio.

Estudou nas melhores igrejas de Roma e se formou em história do mundo, chegou a dar aulas em algumas faculdades, mas seu amor pela igreja e suas tradições o forçaram a largar tudo e voltar para Romênia, onde abriu um internato para jovens órfãos e para aqueles que viviam na rua.

Seu tempo girava entre o lar de jovens e seus sermões aos domingos na igreja, muito apreciado pelos moradores e fiéis que lá frequentavam. Seus sermões eram muito inspiradores e arrancavam lágrimas de alguns fiéis.

Tinha como prioridade a caridade, sempre que podia arrecadava fundos e percorria as cidades vizinhas em busca de novos jovens perdidos e fazia sempre, aos domingos, uma sopa comunitária que alimentava os moradores de rua, junto com sua fiel seguidora Marta Stein, que sempre o acompanhava em todos os eventos, inclusive era ela que organizava a igreja e os sermões de domingo.

As missas também eram feitas no cemitério, que ficava nos fundos da igreja e era dedicada aos entes queridos que se foram.

A vida do padre era cheia de compromissos e não restava muito tempo para cuidar da própria saúde, E já com uma idade avançada sentia muito cansaço e dores em sua coluna, às vezes visitava o médico local que sempre receitava repouso e ervas medicinais, uma vez que o lugar não dispunha de hospital, nem muita tecnologia, o consultório era em um pequeno casebre onde o médico morava.

Depois de algum tempo começou a usar bengala e às vezes sua fiel seguidora, o levava em uma cadeira de rodas, não se importava muito com isso e dizia que Deus lhe dava forças para prosseguir com seu plano, aqui na terra.

Certo dia conversando com Marta, disse ter ouvido vozes à noite na igreja e ter visto um vulto preto perto da cruz no altar, mas pensou que era Deus conversando com ele e fazendo uma visita. Marta começou a achar que ele estava com sinais de demência, mas não quis comentar.

Estava preocupado com o sermão do próximo domingo, que seria muito especial, era dia de comemorar e lembrar aqueles que se foram e queria que seu sermão fosse bonito e inspirador.

- Marta me ajude, não consigo pensar em nada para dizer.

- Fale exatamente o que vier de seu coração, não precisa escrever nada, apenas diga o que sente.

Marta era uma senhora de 68 anos e viúva, morava sozinha e sua vida girava, também, em torno da igreja e da caridade, mas era muito sábia, quando jovem foi professora da única escola local e hoje estava aposentada.

- Já vou indo padre, está tarde e não quero pegar friagem, estou velha, se adoecer, já viu, posso ficar de cama e quem vai cuidar do senhor.

- Não se preocupe comigo Marta, já vou me deitar também, só preciso revisar uns textos, que prometi enviar a igreja vizinha, mas não vou demorar, tenha uma boa noite.

- Boa noite padre e não se canse muito, até amanhã.

Sentado em frente a sua escrivaninha, padre Ethan começou a ouvir barulhos vindos do interior da igreja, então resolveu verificar achando que Marta tinha retornado ou esquecido de algo.

- Marta é você? Disse.

Ninguém respondeu.

Então começou a ouvir um zunido em seu ouvido, que mais pareciam vozes sobrepostas em total desarmonia.

Olhou para o altar e lá estava a figura de preto o observando atentamente.

- Quem é você e o que quer na casa de Deus?

- Se você não foi enviado por Deus, não é bem vindo aqui, volte para o lugar onde pertence.

Um vento forte soprou na igreja e apagou todas as velas que ali se encontravam, as vozes aumentaram e a sombra começou a se deslocar como se estivesse escalando as paredes, até ele sentir algo em suas costas.

Seu corpo paralisou e sentia muito frio, algo tocou em seu ombro, eram mãos escuras e tinham unhas compridas e sujas.

A voz se tornou nítida e a criatura sussurrou em seu ouvido, com total clareza

- Eu vivo nas sombras e seu Deus não me assusta, entro onde quiser, mesmo sem ser convidado e hoje vou visitar suas crianças.

O padre Ethan usou toda sua força e conseguiu se mexer pegando seu crucifixo nas mãos e gritou para criatura:

- Volte para onde veio verme, a casa de Deus não permite pecadores! Você nunca será bem vindo aqui.

O vento soprou novamente e as velas voltaram a acender.

Saiu às pressas em direção ao orfanato, que ficava ao lado da igreja, estava tudo calmo e tranquilo, então começou a duvidar de sua sanidade.

- Será que estou ficando louco ou com algum tipo de demência?

Lembrou-se do pai que morrera com tal doença.

Foi se deitar às 10 horas e rezou muito pedindo a Deus que lhe desse força para enfrentar qualquer mal que ali se encontrava.


Domingo - “O sermão”

Padre Ethan acordou apreensivo e ainda perturbado com o ocorrido, na noite anterior, teve pesadelos durante a noite e jurou para si mesmo que algo estava com ele no quarto.

Marta foi a primeira a chegar e trazia umas anotações e um buquê de flores, em tons de azul e amarelo, queria deixar no túmulo de seu falecido marido, naquele dia.

A igreja estava lotada, quase toda a cidade compareceu. Marta distribuía santinhos para todos e desejava uma boa missa.

Quando o padre Ethan apareceu todos ficaram em pé, em seguida deu bom dia e pediu que todos sentassem.

- Obrigado a todos que estão aqui, hoje é um dia muito especial para todos nós e vamos homenagear nossos entes queridos, que já estão junto a Deus.

Marta estava apreensiva com o discurso de hoje, pois padre Ethan não tinha passado muito bem esses últimos dias.

- Hoje eu não preparei nenhum discurso, não escrevi nada e nem vou recitar a bíblia e sim, dizer algumas palavras que vem do meu coração. Como todos já me notaram não tenho me sentido muito bem nos últimos dias, devido a problemas de saúde e acho que isso está bem claro na minha aparência, mas isso não é relevante agora. O que quero dizer hoje se refere a palavra de Deus, sobre ajudar o próximo, porque não adianta lamentarmos a morte, temos que celebrar a vida e fazer pelo próximo, seja ele parente ou alguém desconhecido. Agora, as boas ações podem vir de qualquer um, ou de qualquer pessoa, não importa a religião nem a cor da pele, o que fazemos aqui na paróquia é algo que me deixa muito feliz e que me traz muita paz. E é isso que Deus quer, que amemos uns aos outros sem discriminação, vejam essas pobres crianças que estão hoje conosco, se não fosse por boas ações e isso inclui Marta, que é minha parceira desde sempre, elas ainda estariam na rua, passando fome frio e até vindo a falecer. O que gostaria de pedir hoje é que cada um se doasse um pouco mais em prol do próximo. Faça pouco, mas faça sem esperar nada em troca, essa é a mensagem de hoje. Deus está nos observando e ele manda anjos para nos testar, então fiquem atentos para os sinais, obrigado e amém.

Todos disseram amém e aplaudiram o discurso do padre Ethan.

- Agora vamos todos para o pátio homenagear nossos entes queridos.

Todos se dirigiram para o cemitério no fundo da igreja.

Marta colocou as flores no túmulo de seu marido enquanto rezava baixinho.

Padre Ethan fez uma reza rápida em prol de todos que ali estavam e pediu que mentalizassem energias boas para aqueles que se foram.

No fundo do cemitério existia três mausoléus. Eram os únicos e pertenciam as únicas famílias ricas do vilarejo, mas nenhum dos parentes compareceu.

Todos começaram a se retirar, pois teria um almoço coletivo dado pela prefeitura na praça principal.

Padre Ethan pediu que Marta fosse à frente e que em seguida ele iria também. Ficou de longe observando os três mausoléus, aos poucos figuras foram se formando em frente de cada um. Ele esfregou os olhos achando que era algum tipo de ilusão, mas aos poucos foram tomando forma e cada vez mais ficando visíveis, para a surpresa de Ethan as três figuras se transformaram em três freiras todas de preto e com um véu que cobria seus rostos.

Ethan então perguntou quem eram e uma delas apontou para o mausoléu onde estava escrito “Gula”, então a segunda também apontou e dizia “Ira” e a terceira “Luxúria.”.

Ethan não sabia o que dizer e nem o que significava aquilo, então perguntou novamente:
 
- Quem são vocês e o que querem comigo? Senão servem a Deus, não são bem vindas.

Uma delas apontou em sua direção e soltou um grito ensurdecedor fazendo com que seus ouvidos sangrassem. Em seguida a outra fez o mesmo e suas mãos começaram a coçar até sangrar e a terceira o fez vomitar com seu grito ensurdecedor.

Ethan caiu de joelhos e quando conseguiu levantar as três já tinham desaparecido, enjoado e com dor em seu ouvido resolveu voltar à igreja e tomar um remédio para dor. Não conseguia ouvir direito e seu estômago doía muito, suas mãos estavam coçando e machucadas, mesmo assim resolveu ir até a praça, todos queriam sua presença inclusive o prefeito, que era um grande admirador de seu trabalho.

Marta viu Ethan chegando e foi em sua direção.

- Você esta bem, parece pálido e cansado?

- Estou bem Marta, apenas com um pouco de enjoo.

- Aconteceu algo lá no cemitério, que queria me contar?

- Não nada mesmo, só rezei um pouco mais pedindo paz e luz para todos.

- Vamos comer algo, quem sabe você melhora.

Nesse instante o prefeito se aproxima de Ethan.

- Padre que bom ver você aqui! E que ótimo sermão.

- Obrigado prefeito.

- Você está bem, parece cansado?

- Sim estou bem, só tive um mal estar, um enjoo nada demais.

- Vamos celebrar então e beber um pouco de vinho.

- Claro, com certeza.

- Sente aqui padre, junto com minha esposa que é sua fã.

- Padre que bom ver você aqui, coma um pouco de bolo de carne, fui eu quem fez e está uma delicia!

- Vou comer sim, obrigado.

- Só não abuse muito Ethan, você não está bem do estômago, disse Marta.

- Já estou melhor, não se preocupe, me passe um pouco de vinho.

Começou a comer e conversar normalmente, mas as vozes começaram a incomodar seus ouvidos, pareciam mais altas e misturadas, como se fossem colocadas umas sobre as outras.

Começou a sentir enjoo e raiva, olhou para os seios da esposa do prefeito, como se fosse um maníaco sexual, foi então que começou a se engasgar e vomitou e cima da pobre mulher.

- Meu Deus Ethan, você esta passando mal! Chamem o doutor, disse Marta.

O doutor veio às pressas e pediu que deitassem Ethan no banco, a princípio achou que fosse uma intoxicação alimentar e injetou um sedativo em Ethan.

-Vamos levar ele para casa, precisa de repouso, Marta pode ficar com ele nas próximas horas?

- Sim claro doutor, sem problema eu vou cuidar dele.

- Se surgir algo mais e continuar vomitando você me chama imediatamente.

- Certo doutor, irei chamá-lo sim.

- Amanhã cedo passo na igreja para ver como ele está.

Nas próximas horas Ethan dormiu como um bebê, mas já eram 10 horas da noite quando acordou assustado.

- Onde elas estão? Indagou.

- Elas quem Ethan? Só estamos nós dois aqui.

- Tive um pesadelo com três freiras vestidas em total escuridão e uma voz me chamava e eu ia ao encontro e via as crianças do orfanato sendo queimadas em um incêndio.

- Que horror Ethan! Ainda bem que foi um sonho.

- Tenho que te contar algo Marta, mas preciso que confie em mim e mantenha segredo com o que vou lhe dizer.

- Claro pode contar comigo, serei discreta.

- Tenho visto e ouvido coisas nos últimos dias;

- Que tipo de coisas padre?

- Uma sombra na igreja me visitou algumas vezes e me disse coisas, sacrilégios perante Deus e hoje eu vi as três freiras no cemitério, as mesmas do meu sonho e elas tinham escuridão e não luz, era algo muito maligno e antigo, um mal espreita essa igreja Marta e não sei como combatê-lo.

- Que horror Ethan! Você tem certeza que não estava alucinando?

- Tenho Marta e sei bem como diferenciar realidade e alucinação, elas estavam ali na minha frente, não estou ficando louco, o mal existe Marta e ele está aqui. Você pode ir para casa já me sinto melhor.

- Tem certeza? Posso ficar até amanhã.

- Não, pode ir, eu me viro sozinho, já sou bem grandinho, além do mais não quero você perto, se uma daquelas coisas aparecer.

- Não pense assim padre, reze para Deus iluminar seu caminho e tudo ficará bem, descanse e amanhã cedo venho ver o senhor, boa noite.

Padre Ethan tomou um chá, voltou para cama, rezou um pouco e logo em seguida pegou no sono.

Eram 3h30 da manhã quando acordou com um solavanco na cama, abriu os olhos assustado e viu sentado aos pés da cama uma sombra, que aos poucos tomou forma, era uma criatura que parecia ter sido forjada no lodo, sua pele era coberta de lama preta e cheirava a morte, suas mãos eram compridas e tinha unhas grandes, o rosto com olhos fundos e vermelhos e os dentes pareciam pontudos e sujos, sorria para ele enquanto apontava para a porta.

Ethan não conseguia se mover, apenas virou os olhos em direção à porta e o que viu o deixou com mais pavor ainda, a imagem de uma criança em chamas com os braços abertos em sua direção, quando conseguiu pegar sua cruz e acender a luz a criatura já havia sumido.

Levantou rápido da cama e foi novamente verificar o orfanato, mas estava tudo calmo e as crianças estavam dormindo como anjos.

- Será que estou enlouquecendo meu Deus me ajude! Preciso me recompor se não vou ficar louco.

Voltou a dormir naquela noite com seu terço e crucifixo em mãos, tudo ocorreu bem no restante da noite.

Logo cedo Marta estava lá com o doutor junto.

- Ethan já está de pé, que bom! Trouxe o doutor para dar mais uma olhada em você.

- Estou bem doutor não precisa se preocupar, não tenho mais dor e o enjoo passou.

-Tem certeza Ethan? Posso lhe receitar algo se precisar.

- Estou ótimo e novo em folha.

- Está bem, se precisar de algo me chame e tenha um bom dia.

- Para o senhor também doutor.

-Marta o que significa isso? Você não entendeu o que falei noite passada?

- Encontrei o doutor no caminho, fez questão de vir eu não pude impedir, desculpa.

- Aconteceu algo ontem à noite de novo, aquela criatura veio me visitar e agora ele se revelou, era algo vindo direto das profundezas do inferno, era negro e cheirava a morte, um mal que anda pela terra há muito tempo, algo que não tem luz apenas escuridão; E novamente o orfanato estava lá em chamas, as crianças estão em perigo Marta preciso fazer algo.

- Mas o que você pode fazer padre? As crianças estão bem e protegidas.

- Ninguém está a salvo desse tipo de mal Marta, é algo sorrateiro e sujo e está brincando comigo, está querendo me mostrar algo, mas não sei o que é.

- Padre, vamos fazer o seguinte, hoje vou ficar aqui com você, preciso ter certeza que vai ficar bem e posso ficar de olho nas crianças também.

- Não, já disse que não quero você envolvida nisso.

- Você não tem escolha, vou ficar e só saio se me botar pra fora.

- Está bem, mas só essa noite.

Marta ficou alojada junto com as crianças no orfanato, já que a igreja só tinha um quarto e Ethan queria ela perto deles, caso algo acontecesse.

Eram 3 horas da madrugada, quando Ethan despertou e ouviu um barulho vindo da rua e parecia ser no cemitério, colocou seu casaco e levou o crucifixo junto.

Chegando ao cemitério viu que a luz da rua estava queimada, só conseguia ver algo por causa da claridade da lua, então olhou direto para os três mausoléus e lá estavam elas novamente, as três freiras, que apontavam em direção a um túmulo no chão e para sua surpresa, lá estava, também, a criatura da noite anterior, com uma pá, cavando o que seria uma nova cova, olhou para Ethan e fez sinal com a mão, como se estivesse pedindo que se aproximasse.

Ethan chegou mais perto e viu que na lápide recém colocada havia seu nome escrito em preto, pela primeira vez a criatura falou com ele, com uma voz rouca e assustadora disse…

- Essa é sua sepultura Ethan e está esperando por você. Você deve se sacrificar em nome das suas crianças e mate-se senão elas vão morrer.

- Nunca, isso é o maior pecado perante Deus.

- Deus? Não estou vendo ele aqui agora, você é um homem santo padre e homens santos tem a alma negra e ela me pertence, sua caridade só disfarça quem realmente você é.

- Sou um homem de Deus e jamais farei isso, volte para onde veio demônio, Deus vai te expulsar daqui.

Com o crucifixo em mãos começou a rezar.

- Vá criatura e leve esses demônios com você.

Uma luz forte invadiu o local e Ethan viu a figura de uma mulher de branco flutuando com as mãos juntas ao peito.

Sorria para ele e em seguida sumiu, a criatura desapareceu e as freiras também.

No orfanato Marta tentava dormir, mas não conseguia, algo a incomodava, sentia náuseas e seu corpo formigava, sentiu um peso em seu corpo e começou a sufocar como se algo apertasse sua garganta, tentava pedir ajuda, mas não conseguia, estava sem voz, olhou atentamente para cima e viu a forma da criatura que ali tentava matá-la. Entrou em pânico e começou a chorar.

Ethan entra no orfanato correndo e vê Marta sendo sufocada pelo ser maligno, correu em sua direção com o crucifixo em punho e dizendo palavras de Deus, aos poucos Marta começou a respirar e voltou a si.

- Ethan o que era aquilo? Era horrível e tinha um cheiro de morte.

- Acredita em mim agora Marta? Ele quer minha alma, tive um encontro agora a pouco no cemitério

com essas entidades malignas, ele se revelou e falou comigo, disse que se eu não me matar as crianças pagarão com a vida.

- Meu Deus padre, o que faremos?

- Não posso deixar que ele machuque as crianças, não tenho outra saída a não ser fazer o que ele pede.

- Não Ethan não faça isso, Deus não permite, é um pecado sem perdão.

Um vento entrou pela sala fazendo com uma das velas caísse e começasse um pequeno incêndio. Ethan correu em direção as crianças que começaram a gritar.

- Acordem corram para a saída depressa.

Mas a porta se fechou e as janelas estavam lacradas também.

Não tinham como sair, em meio ao fogo a criatura surge e com ela as três freiras, se dirigindo para Ethan dizendo:

-Você tem que escolher padre, ou todos irão morrer.

- Não Ethan, não faça isso.

- Não tenho escolha Marta, as crianças vão morrer.

Pegou uma tesoura na cômoda e apontou para seu pescoço, a criatura o olhava com um sorriso no rosto, enquanto as freiras demoníacas apontavam em sua direção.

Quando iria cortar seu pescoço uma luz forte surgiu, a mesma mulher do cemitério apareceu e agarrando a criatura o sugou para luz junto com as três freiras. Tudo ficou calmo e o fogo havia apagado, as crianças estavam mais calmas e Ethan abraçou Marta com força.

- Acabou Marta, as crianças, estão salvas, graças a Deus.

- Quem era aquela mulher padre?

- Acho que era minha mãe, ela sempre foi uma mulher religiosa e me disse uma vez, que se eu precisasse dela viria ao meu encontro, era ela sim, sacrificou-se para me salvar.

- Que deus a tenha padre.

Nos próximos dias tudo correu bem, Ethan nunca mais viu a criatura e as freiras malignas.

Em homenagem a sua mãe mandou construir uma estátua e colocou ao lado de dois anjos no cemitério, agora se sentia protegido e em paz.


- Fim -.